Rafaella Santos (irmã de Neymar), desfilou no Carnaval e sofreu críticas por suas fotos “Aí que dificuldade em se aceitar”.
fevereiro 22, 2023 | by Cristina Gomes


A partir desta leitura de notícia em que Rafaella Santos a influenciadora e também irmã do jogador Neymar Jr. me fez lembrar sobre um Transtorno, não estou aqui sugestionando nada, afinal, não é profissional e repito que é totalmente antiético referir diagnóstico a partir de situações como essa. Afinal alguém que dispara frase como “ai que dificuldade em se aceitar” pela internet, com certeza não a conhece pessoalmente e também não poderia fazer tal afirmação.
Porém, não estamos vivendo fora da realidade de que há sim um incentivo global midiático a fim de indicar, sugestionar e até mesmo fazer com que as mulheres se sintam pressionadas, principalmente as mulheres que ocupam um lugar de destaque midiático para que seus corpos sejam exemplos a serem seguidos, haja vista o uso indiscriminado de photoshops, entre outros recursos a fim de se obter o maior número de likes possíveis. Afinal estamos aqui também comentando as mídias.
Mas essa notícia me fez lembrar sobre a TDC ou Transtorno Dismórfico Corporal que pode influenciar na autoestima de qualquer pessoa independente de ser homem ou mulher, mas neste momento, por questões culturais pode sim haver um maior número de mulheres submetidas. Abaixo discorro melhor sobre a TDC.
Mas afinal o que é Transtorno Dismórfico Corporal ou TDC?
O Transtorno Dismórfico Corporal (TDC), também conhecido como dismorfofobia, é um transtorno psiquiátrico em que uma pessoa se preocupa e de forma persistente com uma ou mais imperfeições percebidas em sua aparência física. Essas preocupações podem estar relacionadas a características reais ou imaginadas e geralmente vividas na vida diária da pessoa.
Indivíduos com TDC podem passar horas por dia checando ou tentando corrigir a aparência percebida como defeituosa, evitando situações sociais ou públicas, ou buscando tratamentos cosméticos invasivos e desnecessários.
O TDC pode afetar a qualidade de vida das pessoas, causando sofrimento significativo e afetando suas relações pessoais, sociais e profissionais. O tratamento do TDC geralmente envolve uma combinação de psicoterapia e farmacoterapia.
A psicoterapia, pode ajudar os indivíduos com TDC a aprender a lidar com seus pensamentos e comportamentos obsessivos em relação à aparência. O psicoterapeuta pode ajudar uma pessoa a identificar e questionar as ideias distorcidas sobre sua aparência e desenvolver estratégias para lidar com pensamentos negativos bem como exercitar novos hábitos de autoaceitação.
A psicoterapia também pode ajudar uma pessoa a se expor gradualmente a situações sociais ou públicas que antes evitavam devido à ansiedade relacionada à aparência.
A farmacoterapia pode ser usada em combinação com a psicoterapia, e geralmente envolve o uso de antidepressivos e/ou ansiolíticos. Esses medicamentos podem ajudar a reduzir a ansiedade e a depressão associada ao TDC, além de ajudar a controlar os comportamentos obsessivos e compulsivos.
É importante ressaltar que o TDC é uma condição de saúde mental que pode ser tratada.
Se você ou alguém que você conhece está sofrendo com preocupações excessivas sobre a aparência, é importante buscar ajuda de um profissional de saúde mental qualificado. O tratamento precoce pode ajudar a reduzir o sofrimento associado ao TDC e melhorar a qualidade de vida da pessoa.
Além disso, existem algumas medidas que as pessoas podem adotar para ajudar a lidar com o TDC em seu dia a dia. Algumas dessas medidas incluem:
- Evite comparar com outras pessoas: a comparação com outras pessoas pode aumentar a ansiedade em relação à aparência e acentuar as preocupações com as imperfeições percebidas.
- Praticar a autoaceitação: isso pode envolver identificar as qualidades positivas em si mesmo e reconhecer que a aparência física não define a identidade de uma pessoa.
- Buscar apoio social: amigos e familiares podem fornecer apoio emocional e ajudar a reduzir a sensação de isolamento que muitas vezes acompanha o TDC.
- Evite cirurgias plásticas desnecessárias: as complicações podem não resolver a preocupação com a aparência e, em alguns casos, pode até piorar os sintomas do TDC. É importante discutir com um profissional de saúde mental antes de considerar qualquer intervenção cirúrgica.
- Praticar técnicas de meditação: atividades como ioga, meditação e exercícios terapêuticos podem ajudar a reduzir a ansiedade associada ao TDC.
- Limitar o tempo gasto se olhando no espelho: o comportamento de se olhar no espelho repetidamente pode acentuar a preocupação com a aparência e intensificar os psicólogos do TDC.
- Evitar atividades que acentuam a preocupação com a aparência: isso pode incluir evitar assistir a programas de televisão que enfatizem a aparência física, ou evitar situações sociais em que a aparência é um foco central.
É importante lembrar que o tratamento do TDC pode ser um processo de longo prazo e que cada pessoa pode responder de forma diferente ao tratamento. No entanto, com a ajuda de um profissional de saúde mental, o TDC pode ser gerenciado com sucesso e a qualidade de vida da pessoa pode melhorar significativamente.